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É o espaço aberto que parece não ter fim. São as cores
e os cheiros que brotam da terra. É a inconfundível traça da arquitectura
rural, presente nos "montes” das grandes herdades, no casario mais antigo
das cidades, vilas e aldeias ou nas ermidas que pintam de branco o alto dos
cabeços. É o que se lê nas formas de ser e de fazer, nas artes que se conservam
e se renovam, na tradição que se mantém e se recria, no "cante” que, com
alma e coração, só os alentejanos sabem cantar.
Sempre que percorrer uma aldeia, procure identificar as características mais marcantes da arquitectura rural: as casas só com um piso térreo; as paredes grossas e com poucas aberturas, tradicionalmente construídas em taipa, solução sábia para, com poucos meios, conservar o calor no Inverno e a frescura no Verão; as enormes chaminés, por vezes mais altas do que as casas, por onde saem os fumos das lareiras que aquecem as noites frias e curtem os enchidos caseiros; o lugar privilegiado que ocupa a cozinha; o forno do pão, por vezes comum a toda a aldeia, com a sua inconfundível forma abobadada; a textura das paredes exteriores e interiores que, ano a ano, as mulheres vão cobrindo com novas camadas de cal; e os coloridos rodapés que, nos velhos tempos, se pintavam predominantemente de ocre e de azul.
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